quinta-feira, março 2

Senso de direção!

Estou impressionada com esse fenômeno. Diretor não dirige mais. Sempre veremos os velhos ícones do teatro e diremos: "Não se faz mais diretor como antigamente!" Quer dizer agora que veremos a mão do diretor apenas na iluminação barata, tipo "olha que genial!!!! ele fez uma borboleta com o holofote, uuuuauuu, olha, tá igualzinho a capela lá da minha rua..."? Ou será que veremos a presença dele apenas nos mirabolantes praticáveis, sem razão de estarem ali, ou com sobes e desces de escadas perigosíssima para o ator? Ahhh o ator nessa nem entra... Nos tempos do "do-it-yourself" o ator se vira... ele fez curso de teatro pra que?...

Será que iremos falhar quando nossa hora chegar? Será que o sentido da palavra "direção" se perdeu na história e no lugar foi posto algo mil vezes pior do que o "ego", que as vezes dá resultados belíssimos por sinal?
O que faz um diretor? Acho que se o Dramaturgo Kagyn tem suas dúvidas sobre o que é ser um dramaturgo, as funções sociais deste e porque sê-lo, a Diretora Rocha tem um balde de questões sobre o ato de dirigir. Tenho muito a pensar!
alissandrarocha@gmail.com

5 Comments:

At 2:55 AM, Anonymous Anônimo said...

acredito em direção aos moldes antigos.acredito. e nem antigo sou.e nem de teatro sou.mas dirijo.dirijo imagens.
Léo

www.paragrafos.blogger.com.br

gostei bastante,ainda q tenha achado um pouco ranzinza.

abs

 
At 4:13 AM, Blogger Johnny Kagyn said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
At 4:15 AM, Blogger Johnny Kagyn said...

Diretora

A função se delineia no trabalho coletivo. É dar direção, dar norte, traçar as vontades a serem satisfeitas. É colocar o ator no rumo, é saber receber os rumos que o ator encontra.
A questão de não encontrarmos diretores esbarra no mesmo problema dos dramaturgos... Aonde se formam os diretores? Na ECA? 1 ou 2 por ano? Nossa necessidade é maior.
Porém, a luz no fim do túnel é o trabalho que estamos desenvolvendo e que alguns outros grupos também desenvolvem. Ainda resta esperança, pois não acabaram as sementes.

 
At 5:31 PM, Blogger Ruy Filho said...

Talvez a questão vá até um pouco mais longe do apontado pelo Johnny Kagyn... É possível ser um diretor sem constituir-se de uma proposta cênica (e não digo isso no tom de inovação, mas na elaboração de uma linguagem pessoal)? É possível se constituir artista sem uma real reflexão de seus fundamentos e a concretização de uma postura ideológica e estética?

Dirigir é estabelecer escolhas. Não faltam opções. Faltam verdades.

 
At 1:15 PM, Blogger Alissandra Rocha said...

Ruy, seguindo o seu raciocínio, ou melhor, seu estímulo ao meu raciocínio, acredito que não é possível o artista ser desprovido de uma visão ideológica ou estética.

Ele traz consigo, como todas as pessoas, um mundo subjetivo ( pensamentos e abstrações do mundo real = ideologia ) e tenta se manifestar, como todas as pessoas também, no mundo objetivo, na realidade coletiva. Porém a diferença é que ele vai buscar a maneira mais sintética, contundente e sobre tudo, eficiente, aí entra a visão estética do artista, para "botar pra fora" ou ao menos espelhar esse universo de idéias.

Muito obrigada ao Kagyn, que sempre está me fazendo PENSAR, e a vc Ruy, que agora me botou mais 2 questoezinhas no meu balde de dúvidas!

 

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